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Venâncio Mondlane acusado de “matar” símbolos da opressão social e política, dizem apoiadores
Maputo – A atuação de Venâncio Mondlane nas manifestações pós-eleitorais continua a gerar interpretações simbólicas entre os seus seguidores, que o creditam por provocar uma transformação profunda no pensamento da juventude moçambicana.
Para muitos simpatizantes, Mondlane “matou a ignorância”, ao incentivar os jovens a questionarem, refletirem e procurarem informação de forma crítica. “Hoje temos uma juventude mais consciente, mais ativa e mais determinada a lutar pelos seus direitos fundamentais”, afirmam apoiadores nas redes sociais.
Outro “crime” simbólico atribuído ao político é o fim do individualismo. Cidadãos destacam que, com sua influência, o espírito de solidariedade cresceu, com iniciativas comunitárias e apoio coletivo a diversas causas. A prática do "vaquinha" tornou-se cada vez mais comum entre jovens engajados.
Segundo os mesmos seguidores, Venâncio também “matou a bajulação política”. As suas intervenções públicas e transmissões ao vivo teriam exposto e descredibilizado os que se dedicam a elogios forçados e incondicionais ao poder.
Além disso, apontam que Mondlane “aniquilou o medo de desagradar”. Cada vez mais intelectuais e cidadãos se expressam livremente, denunciam injustiças e apontam responsáveis, mesmo sob risco de retaliações.
Outro impacto simbólico destacado é que “Venâncio matou o sono de muitos políticos”. Desde a ascensão do engenheiro nas ruas e nas redes sociais, vários líderes voltaram a se manifestar publicamente, pressionados pela nova onda de exigência popular.
Para os seus defensores, o ativismo de Mondlane representa um marco. “Moçambique já não é o mesmo. Ele despertou as consciências e devolveu esperança a um povo cansado”, escreveu um internauta.
Enquanto isso, nomes como Ossufo Momade, líder da RENAMO, são questionados pelo seu silêncio e aparente afastamento dos anseios populares.